Esporotricose | Dermatozoonose felina
- Victoria Costa - Admin
- 4 de jun. de 2018
- 2 min de leitura

A esporotricose é uma dermatozoonose, ou seja, uma doença dermatológica que é transmitida dos animais para os seres humanos. É comum ser encontrada em países tropicais e no Brasil está mais presente na região sudeste.

É causada por um fungo que tem por nome científico Sporothrix schenckii, a transmissão entre felinos se dá principalmente devido à brigas por território e também por fêmeas. Levando então o fungo para dentro de suas casas e transferindo para seus tutores através da mordedura, arranhaduras ou por contato direto com a lesão. Também podemos encontrar o Sporothrix schenckii no solo, em dejetos e materiais orgânicos como vegetais e cascas de árvores. Dando outra forma de contaminação para os felinos pelo o habito de afiar suas garras em árvores e cavar buracos, locais de potencial abrigo para o fungo.
Podem ser definidas em três formas: cutânea, linfática ou disseminada. Na forma cutânea que é a mais comum, as feridas podem ser ulceradas e purulentas levando a formação de crostas espessas, podendo desenvolver também necrose, expondo músculos e ossos. As lesões são mais comuns na região da cabeça, lombar e na parte distal dos membros. O tamanho da ferida depende do hábito de higiene do gato, quanto mais ele se lamber para se limpar mais elas se espalham pelo corpo. Na forma linfática é encontrado nódulos no corpo do animal, e na disseminada o S. schenckii atinge órgãos e ossos.
As imagens acima mostram a aparência das lesões cutâneas causadas pela esporotricose, tanto em gatos quanto em humanos.
Para diagnóstico e tratamento é de grande importância levar o animal o mais rápido possível ao Medico Veterinário. O isolamento do animal suspeito enquanto não é diagnosticado, ou submetido ao tratamento, é uma das principais medidas para minimizar a proliferação da doença. É recomendável a castração do felino após o tratamento contra esporotricose, para que assim, o animal diminua o contato com a rua e também as chances de se contaminar outra vez.
Lembrando que não se deve abandonar o animal pelo mesmo ter contraído a micose, o que deve ser feito para não contrair também é cuidar da sua higiene e da higiene e saúde do felino. Usar luvas ao ter contato com o animal e evitar ao máximo os arranhões e mordidinhas é uma das principais medidas a serem tomadas.
Referências bibliogáficas:
BARROS, Monica Bastos de Lima et al. Esporotricose: a evolução e os desafios de uma epidemia. 2010.
LUPION, Camila Gottlieb. Esporotricose em gatos Relatos de casos atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul durante o ano 2010. 2011.
Comments